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Em Macunaíma convergem muitos temas bastante caros ao Modernismo brasileiro. Ao lado da novidade e investigação linguística, do emprego de expressões da linguagem cotidiana que rompe com o padrão e a norma do beletrismo acadêmico, Mário de Andrade, em sua rapsódia romanesca, combina humor desbragado, vigorosa sensualidade, mitologias indígena e africana numa busca por capturar a alma brasileira – expressa, em suas contradições, pelo herói sem nenhum caráter. Assim, há uma busca dupla: trata-se, simultaneamente, de modernizar o idioma literário e de compreender, em chave crítica, o atraso nacional. Na boa formulação de Gilda de Mello e Souza, temos, a um só tempo, o Tupi e o Alaúde, a combinação da alta cultura de matriz europeia ao lado de aspectos específicos da história nacional, com sua miscigenação étnica e cultural e seu passado escravista, por exemplo.

 

Em quatro encontros, o crítico literário Carlos Eduardo Ortolan analisa o nosso "Herói Sem Nenhum Caráter" e comenta trechos desta obra-prima de 1928 que pinta um Brasil antropofágico de si mesmo.  

O TUPI E O ALAÚDE leitura guiada de MACUNAÍMA, de Mário de Andrade com Carlos Ed

R$ 400,00Preço
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