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“Não podemos escrever sem a força do corpo. É preciso ser mais forte que si mesmo para abordar a escrita, é preciso ser mais forte do que aquilo que se escreve”. Se a escrita é algo selvagem, como insiste Marguerite Duras, uma “selvageria anterior à vida”, se a escrita é tão antiga quanto as florestas, então escrever é a travessia acompanhada do medo das feras da noite. E para que a escrita aconteça, é preciso um teto, um abrigo, uma casa, um jardim, uma janela? É preciso permitir que a própria memória que ali reside nos dê algo, deixar que mesmo as paredes de uma casa possam preencher alguma página? Para Duras, silêncio também é palavra e é preciso perder-se nesse espaço etéreo.

 

Nesta oficina, vamos explorar as pistas deixadas pelas escritoras sobre seus  processos criativos – de Marguerite Duras e de outras mulheres escritoras. Para Rosa Montero, “a narrativa é a arte primordial dos humanos”. Já Annie Ernaux desnuda uma escrita sem imagens mas que não se sustenta sem as imagens fotográficas. Da mesma forma, a escrita de Duras depende de uma paisagem e de uma janela. O interior da casa, mas também o jardim, a mesa do apartamento e a praia no litoral da Normandia tornam os lugares de Duras indispensáveis para a escrita. 

ESCREVER COM MARGUERITE DURAS oficina de escrita com Luciene Guimarães

R$ 450,00Preço
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