O DESASSOSSEGO DE BERNARDO SOARES: leitura guiada d’O Livro do Desassossego
Com Claudia Chigres
Curso gravado - acesso para sempre
8 horas de curso
CLAUDIA CHIGRES é professora do Departamento de Letras da PUC-Rio, da Especialização em Formação do Escritor (PUC-Rio) e da Especialização em Literatura, Arte e Pensamento Contemporâneo (PUC-Rio). Doutora em Literaturas de Língua Portuguesa (PUC-Rio) e foi jurada de diversos concursos literários. É autora do livro Como Se (TextoTerritório, 2014) e organizadora dos livros 164 Circular (TextoTerritório, 2015), Das Infâncias (Folk Books, 2022) e Modos do Silêncio (Mosaico, 2024).
Imagine um livro que Fernando Pessoa não tenha terminado nem organizado, escrito por mais de vinte anos em forma de fragmentos, dos quais apenas doze foram publicados em revistas. Some-se a isso o fato de que sua autoria heteronímica também tenha variado ao longo desse tempo e cujo conteúdo seria uma autobiografia sem fatos ou um diário de uma história sem vida, fruto da deambulação do autor pela cidade de Lisboa. Embora pareça uma obra absurda, ainda assim é um livro impressionante, pelo teor de sensações e abstrações que evoca. Trata-se dO Livro do Desassossego, de Bernardo Soares.
A leitura guiada desse livro pretende delinear uma cartografia do sensível, pela poética do deslocamento: ao deambular anonimamente pela cidade e registrar seus biografemas, Soares oferece ao leitor a possibilidade de vagar pelas ruas e devanear pelo sonho, construindo um locus ficcional em que a cidade-corpo é também uma cidade-linguagem, repleta de melancolia, lirismo, tédio e desassossego.
O fragmento intranquilo, Livro do Desassossego: diário? ficção? Autobiografia?, Bernardo Soares: semi-heterônimo? duplo de Pessoa?, a cidade na modernidade periférica lisboeta: espetáculo do mundo?, reificação do sujeito e escrita das sensações, tédio, cansaço e sonho são alguns temas levantados e debatidos ao longo das quatro aulas.
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